DICRANACEAE

Atractylocarpus longisetus (Hook.) E.B.Bartram

Como citar:

Tainan Messina; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Atractylocarpus longisetus (DICRANACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil, apresentando ampla distribuição nos neotrópicos. Ocorre no México, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia (Frahm, 1991). No Brasil, a espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Peralta, 2012; Costa, com. pess.). Foi registrada em altitudes que variam de 1200 a 2700 m (Costa et al., 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Apesar da ampla distribuição nos neotrópicos, no Brasil a espécie ocorre nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. É encontrada em altitudes que variam de 1.200 m a 2.700 m, em Campos de Altitude e Floresta Ombrófila Densa e Mista, ambientes que estão sendo degradados por atividades antrópicas, invasão de espécies exóticas e mudanças climáticas. Apresenta EOO de 547,32 km² e está sujeita a três situações de ameaça, considerando a perda e o declínio da qualidade do hábitat como principal ameaça.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente na obra The Bryologist 49: 110. 1946., atualmente faz parte da família Leucobryaceae (Costa, com. pess.).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Campos de Altitude e Floresta Ombrófila Densa (Barros et al., 2009; Peralta, 2012), em solos úmidos ou tufosos, em troncos podres ou na base de árvores (Frahm, 1991).
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Plantas eretas, com aproximadamente 15 mm, forma de vida do tipo coxim; rupícola, mesófita e higrófita, ocorrem em Campos de Altitude e Florestas Ombrófilas Densas/ Mistas, em solos úmidos ou tufosos, troncos podres ou na base de árvores (Frahm, 1991; Peralta, 2012) associadas ao bioma Mata Atlântica (Peralta, 2012).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national high
SegundoHallinbäck; Hodgetts (2000), a perda e degradação de habitat são as mais sérias ameaçasàs briófitas em todo o mundo. A degradação reduz a qualidade do habitat,causando o desaparecimento das espécies sensíveis, já a fragmentação conduz aoisolamento das comunidades de briófitas, visto que a dispersão e a reproduçãosão diretamente afetadas. Além disso, a fragmentação e destruição do habitatrepresentam as maiores ameaças para espécies com distribuição restrita ouendêmica (Costa; Santos, 2009)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
OsCampos de Altitude da Mata Atlântica, fitofisionomia onde a espécie ocorre, sofrem com as atividades antrópicasrealizadas em seu entorno e interior. A sensibilidade dos solos, rasos,facilita que processos erosivos entrem em curso; a remoção da vegetação tampãono entorno facilita a invasão de espécies exóticas invasoras com alto podercompetitivo, que uma vez instaladas, competem diretamente por recursos com aflora nativa; a mineração de granito-gnaisse e arenito alteramirremediavelmente o substrato, fundamental para o estabelecimento da brioflora;a crescente expansão urbana para áreas de encosta suprime ainda mais essesambientes e o desenvolvimento de técnicas agrícolas modernas tem permitido odesenvolvimento do que é chamado "agricultura de altitude" (ex. ocultivo de café no Estado do Espirito Santo, que tem atingido cotas de até 1200m); e aliada a isso, a flora dessas regiões apresenta uma alta vulnerabilidadeàs mudanças climáticas em curso (Martinelli, 2007).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
A espécie consta no Anexo I da Instrução Normativa nº 6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto, considerada oficialmente ameaçada de extinção.A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (2005).